Tribunal nega liberdade provisória a Chang
- Lancemz
- 15 de fev. de 2019
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Manuel Chang vai permanecer na cadeia na África do Sul, enquanto aguarda a decisão da sua extradição ou não para os Estados Unidos da América. Na sessão desta sexta-feira, 15 de Fevereiro, a juíza Sagra Subroyen negou liberdade provisória a Manuel Chang, mediante caução, argumentando que tal decisão não seria a favor da realização da justiça, segundo escreve o CIP- Centro de Integridade Pública que acompanha o caso que está a ser julgado em Kempton Park, na África do Sul.
Em colaboração com o CIP

Os argumentos apresentados pelos advogados de Chang foram considerados nulos pela Juíza que deu conta que apesar dos passaportes de Manuel Chang terem sido confiscados pelo Tribunal, isso não garante que não possa obter outros e fugir.
Segundo escreve o CIP, na longa sentença cuja leitura durou mais de 2 horas, a juíza disse que Chang tem mais contas bancárias que não as revelou ao tribunal e que aquando da sua detenção, o antigo Ministro das Finanças foi solicitado a declarar seu património mas este omitiu uma parte significativa dos seu património.
Ao propor caução de 200 mil rands Manuel Chang disse que era tudo quanto tinha, mas omitiu que tinha 1.7 milhões de rands em suas contas provenientes de salário, pensão, renda de casas, entre outras fontes de rendimento.
Segundo o tribunal, em Outubro de 2018 Chang viajou a Portugal mas nos extractos bancários fornecidos ao tribunal não há registos de pagamentos de bilhetes de voo, hotel, vistos, alimentação. “Como foram feitos estes pagamentos e quanto custaram”, questionou a juíza, concluindo depois que “presume-se que (Chang) tem outras contas ou fontes de rendimentos que não revelou ao tribunal”.
A próxima sessão está marcada para o dia 26 de Fevereiro e vai julgar o pedido de extradição de Manuel Chang aos EUA.
Fonte: CIP- Centro de Integridade Pública
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