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Reinildo quer provar que tem qualidade para vingar no Lille

  • Foto do escritor: Lancemz
    Lancemz
  • 27 de mar. de 2019
  • 4 min de leitura

O lateral esquerdo moçambicano Reinildo Isnard Mandava está a trabalhar para agarrar a oportunidade de jogar ao mais alto nível na Liga Francesa de Futebol, em representação do Lille Olympique Sporting Club, actual segundo classificado da Ligue 1, onde está por empréstimo por seis meses. Por isso, o jogador dos Mambas  promete continuar a trabalhar para agarrar a oportunidade de modo a que possa cumprir o sonho de jogar a Liga dos Campeões Europeus.


Por Alfredo Júnior




Falando da sua nova experiência no futebol europeu, Reinildo considerou este ser um "novo desafio, numa terra nova, numa equipa nova, mas sempre com o mesmo foco que passa por ajudar o clube naquilo que são os objectivos da equipa. Está ser muito bom para mim, desde a adaptação até ao trabalho que tenho feito, tive a oportunidade de me estreiar, agora é continuar a trabalhar para ter oportunidade de me afirmar na posição".


Emprestado por seis meses, pelo Belenenses de Portugal, Reinildo diz estar a trabalhar com afinco para que no final da época o Lille exerça o direito de compra. O lateral esquerdo diz que não vai virar a cara à luta para a concretização deste objectivo.


"No fim do campeonato o Lille vai ter que dizer se vai exercer o direito de compra ou não, para mim é só continuar a trabalhar e o resto vai ver-se depois, pois se eles me chamaram até a França é porque viram alguma qualidade em mim e agora é continuar a trabalhar para concretizar esse objectivo", disse Reinildo.


Exemplo de persistência no trabalho





Formado pelo Ferroviário da Beira, Reinildo entrou para o futebol profissional europeu pela mão do Benfica de Portugal, nas foi em clubes de escalão menor aonde se afirmou, tendo lançado o seguinte olhar sobre este seu percurso: "Foram os momentos mais difíceis que me fizeram crescer, devido às dificuldades porque passei, desde a lesão, tive que sair para o Fafe depois para o Covilhã. Isso que sirva de exemplo para outros colegas, pois quando saímos de Moçambique os clubes pequenos servem de trampolim, mas tens que trabalhar para que as pessoas reconheçam o seu valor".


O trabalho árduo está na ponta da língua de Reinildo: "se não gostasse de trabalhar não estaria no Lille da França. Como trabalho sempre ao mesmo nível com objectivo de superar-me fui ao Belenenses e em seis meses estou aqui no Lille da França. Que isto sirva de referência para os outros jogadores moçambicanos", disse o lateral.


No futebol europeu o céu é o limite para Reinildo


Reinildo Mandava da conta que a sua integração já está consumada e foi facilitada pela sua forma de ser. "Sou muito alegre e gosto de brincar, isso ajudou para a minha integração no Lille", disse o lateral esquerdo.

Questionado sobre aonde gostaria de jogar depois de chegar ao Lille, o “Mamba” disse que o céu é o limite e deu conta que recorre a um conselho da sua avó para continuar a trabalhar e chegar mais longe possível.

"Quando estava no Ferroviário da Beira, a minha avó disse o seguinte: meu neto, trabalha sempre que a meta é o "parapapa" (o céu). Claro que tenho ambições de jogar noutras equipas, noutros campeonatos, então vou continuar a trabalhar e as coisas boas vão aparecer", contou Reinildo quando falava das suas ambições no futebol europeu.





Reinildo promete apoio às vítimas do Idai



Natural da Beira, ou seja chivevense de gema, Reinildo não ficou alheio ao sofrimento porque que passam as populações da região centro do país, em particular da Cidade da Beira. Durante a concentração dos Mambas ficou preocupado por não estar a conseguir contactar os seus familiares o que levou-lhe a fazer um pedido especial ao seleccionador nacional, Abel Xavier.


"Quando cheguei logo pedi ao seleccionador para ver se me dispensava por um dia porque não tinha informação da minha família, só sabia que houve um ciclone que desvastou a minha cidade, não tinha comunicação nem através das redes sociais o que me deixou perturbado, porque não sabia qual era a situação da minha família", começou por dizer Reinildo para depois acrescentar que "já perdi os meus pais e só fiquei com os meus irmãos e não sabia como eles estavam, do que aconteceu com a nossa casa, só sabia que havia muitas mortes, mas dois dias depois consegui falar com eles, e graças à Deus está tudo bem".





Na hora de luto e dor causado pelo Ciclone Idai, Reinildo deixa ficar uma mensagem de consolo aos afectados e promete apoio para que as vítimas possam reerguer-se desta tragédia.


"Nós beirenses temos um sangue que corre nas nossas veias que nos faz nunca desistir, então independentemente do que aconteceu e que afectou a mim, aos beirenses e a todos moçambicanos, temos que continuar com o espírito de não desistir", disse Reinildo.


Mesmo estando longe o jogador Moçambicano diz que vai organizar-se para ajudar a minorar a situação: "gostaria de estar mais próximo para apoiar porque é a minha província, é a cidade que me viu crescer, muita força para eles. Vou à França continuar com o meu trabalho, mas logo que estiver de férias virei ajudar naquilo que for possível porque sinto-me bem fazendo isso, dizer para que não desesperem, tudo vai correr bem e vai voltar à normalidade", disse Reinildo antes de partir de regresso a Lille. (LANCEMZ)

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