Bi-Campeões Africanos já pensam no Mundial de vólei de praia

As duplas Moçambicana que se sagraram bi-campeãs africanas de vólei de praia já estão no país e ao princípio desta tarde foram recebidas de forma calorosa pelos amantes da modalidade, familiares e amigos, para além de representantes do Governo que se deslocaram ao Aeroporto Internacional de Maputo para aplaudir o feito dos voleibolistas. Na hora da chegada, os campeões africanos revelaram que já estão a pensar na participação no Mundial da categoria de Sub-21 que vai ter lugar em Junho próximo na Tailândia.

Por Alfredo Júnior

A voleibolista Leocádia Manhiça, começou por explicar que o "segredo da vitória residiu em Deus e na nossa vontade" para depois dizer que agora para o Campeonato do Mundo "vamos continuar a trabalhar e sabemos que não será fácil, como foi no Africano, pois o Mundial envolve muitos países o mais importante é começarmos a trabalhar para essa prova".

Por seu turno Mércia Mucheza, que o ano passado foi campeã africana de sub-19, disse que conquistar uma medalha de ouro no Africano "é gratificante, pelo trabalho feito em Grupo, visto que por detrás deste sucesso há um grupo que nos ajuda a trabalhar e a melhorar a técnica. A humildade é a base de tudo, já conhecíamos algumas adversárias e tínhamos que entrar mais humildes possível e isso foi que o nos trouxe a vitória. Agora temos que trabalhar mais, em Africa o nível está a ser muito bom, a nível mundial estão os melhores ainda e temos que trabalhar mais para atingirmos os níveis desejados".

Satisfação era também visível nos rostos da dupla masculina, José Mondlane e Jorge Moiane, que conseguiu ultrapassar todos obstáculos e revalidar o título Africano na categoria de Sub-21.

Jorge Moiane considerou na ocasião que não foi tarefa fácil chegar ao título, porquanto "a pressão era alta, chegamos com todos olhares em nós, conseguimos, pois estivemos bem no Campeonato, tivemos uma meia-final difícil com a Nigéria, mas vencemos". Por seu turno José Mondlane considerou que os "resultados alcançados são fruto do treino", afiançando que "vamos continuar a trabalhar para estarmos bem no Mundial".

Vitória dedicada às vítimas do Idai

O treinador Osvaldo Machava também alinhou pelo mesmo diapasão, considerando que estas "conquistas são fruto de trabalho árduo feito pelos jogadores e treinadores ligados à modalidade".

O Presidente da Federação Moçambicana de Voleibol, Khalid Cassamo, considerou que este é um feito que advém do esforço feito pelos atletas e equipa técnica, que "trabalharam incansavelmente para obtenção destes títulos".

"Bi-campeões Africanos em masculinos e femininos é um feito que nenhum outro país conseguiu até hoje e quiçá em nemhuma outra modalidade, nós estamos a fazer história para Moçambique, está rapaziada está escrever com letras de Ouro à nossa história do Voleibol em África e no Mundo. Estivemos no Cairo, as meninas não perderam nenhum set, não houve nenhum adversário que conseguiu fazer mais do que 15 pontos, mesmo com o tamanho que nós temos, o que significa muito esforço e muita dedicação", disse o Presidente da FMV.

Khalid Cassamo dedicou está vitória aos moçambicanos da zona centro do país que a 14 de Março foram vítimas do ciclone Idai que causou centenas de mortes causando uma verdadeira tragédia humanitária.

A recepção dos bi-campeões africanos contou com a presença de representantes do Ministério da Juventude e Desportos, e o Director do Instituto Nacional dos Desportos (INAD), Francisco da Conceição, considerou que está conquista "vem coroar o trabalho excelente que está a ser feito pela Federação Moçambicana de Voleibol e por todos actores que estão ligadas a ela, já tínhamos consciência que suas duas duplas, pelo que demonstraram na fase de apuramento aqui em Maputo, tinham muito potencial para poder avançar para uma representação condigna e a prática demonstrou isso, apresentado resultados que só por si falam, o que revela a qualidade e o talento que tem o país". (LANCEMZ)